NAVEGAÇÃO
SUBMARINA
Técnicas
de navegação submarina aumentam a eficácia dos seus
planos de mergulho e minimizam a possibilidade de que você se perca
do grupo.
O controle de flutuabilidade é uma das técnicas mais importantes
que um mergulhador deve possuir. O controle de flutuabilidade lhe deixa
deslizar através do mundo submarino sem destruir organismos aquáticos,
alem de ajuda-lo a executar a navegação subaquática.
Durante o mergulho de navegação você terá que
monitorar profundidade, direção e distancia ao mesmo tempo.
Mantendo flutuabilidade neutra, para um melhor desempenho.
IMPORTÂNCIA
NAVEGAÇÃO SUBMARINA
Evita
longos nados na superfície. Nados na superfície não
são somente mais cansativos e menos interessantes que nados debaixo
da água como também pode ser mais perigoso em áreas
com um volume alto de tráfico de embarcações.
Aumenta a eficácia de um plano de mergulho. A navegação
ajuda com que um plano de mergulho seja eficaz, eliminando dúvidas
sobre a duração do mergulho e o ar que você usará
para atingir o seu objetivo e retornar ao ponto de partida.
Evita que você se separe do seu grupo. Quando você e o seu
grupo planejam um mergulho, as suas técnicas de navegação
os levarão juntos pelo mesmo caminho a um local pré-determinado,
minimizando a chance de que vocês se separem.
Economiza ar. Você respirará mais lentamente quando estiver
relaxado em vez de desorientado. Você nadará diretamente
à sua meta em vez de desperdiçar ar procurando-a. O ar que
você economizar estará disponível para um calmo retorno
debaixo da água ao barco ou litoral, em vez de um nado na superfície
mais cansativo e perigoso.
Navegação submarina é importante em todas atividades
de mergulhos.
ESTIMATIVA DE DISTÂNCIAS
Navegação
submarina depende da sua habilidade de estimar distâncias. Para
saber a distância de retorno ao litoral ou barco, você necessita
saber a distância já percorrida.
Existem vários métodos usados para medir-se distância
debaixo da água:
Ciclos de batidas de pernas. Uma das maneiras mais fáceis de estimar-se
distâncias é contar os seus ciclos de batidas de pernas enquanto
estiver nadando. Um ciclo é melhor descrito como duas batidas,
uma com cada perna, ou como cada vez que ambas pernas completem uma batida
com as nadadeiras. Para monitorar ciclos de batidas de pernas, escolha
uma perna e conte o numero de vezes que a nadadeira naquela perna retorna
à sua posição original.
Tempo decorrido. Outra maneira de calcular-se distâncias debaixo
da água é medir-se o tempo que se leva para nadar uma determinada
distância.
Pressão do tanque. A pressão do seu tanque pode ser usada
para medir-se distâncias ao navegar-se, similares àquelas
usadas no cálculo de tempo decorrido. Enquanto você permanece
na mesma profundidade e nível de atividade a sua respiração
será uniforme, permitindo-lhe basear a distância que você
percorreu durante um nado normal na quantidade de ar usada.
Envergadura dos braços. Um método preciso para medir-se
distâncias curtas é através do uso da envergadura
dos braços. Você mede esticando o braço à sua
frente, impelindo-se adiante sobre a sua mão (como um pivô)
e esticando o outro braço, impelindo-se novamente sobre a mão
deste braço e continuando assim até cobrir a distância
desejada. Seria bom saber a envergadura dos seus braços com antecedência,
mas uma boa regra geral é que, como para muitas pessoas, a sua
envergadura é igual a sua altura.
Linha ou fita métrica. A maneira mais precisas para medir-se distâncias
debaixo da água é usando uma linha ou fita métrica.
Embora este método se torne difícil de executar quando você
necessita medir uma distancia extremamente longa ou sobre terreno com
obstáculos.
NAVEGAÇÃO SUBMARINA
NATURAL
Usar
pontos de referência no meio ambiente a fim de orientar-se
A navegação natural começa antes de você entrar
na água através da avaliação do meio ambiente,
buscando pontos de referência naturais para a navegação.
Desde a superfície você pode aprender muito sobre aquilo
que encontrará debaixo da água, podendo usar tal informação
durante o mergulho para determinar onde você se encontra.
Ângulo do sol. Antes de entrar na água, confira o ângulo
do sol com relação a direção do rumo planejado.
Mesmo em águas turvas você geralmente pode determinar a direção
do sol e usá-la para orientar-se.
Pontos de referência naturais:
Luz e sombras. Observar o ângulo do sol antes de entrar na água.
Movimento da água. Correntes oferecem um dos mais precisos métodos
de navegação submarina. Esteja atento ao fato de que correntes
podem mudar de direção durante um mergulho, especialmente
na mudança de marés. Planeje o seu mergulho tendo este fato
em mente.
Composição e formações do fundo. Mudanças
na composição do fundo são algo mais a observar durante
um mergulho. Você pode descobrir que várias áreas
possuem fundos distintamente diferentes abrangendo rochas, areia, ou recife,
dependendo do meio ambiente.
Ondulações na areia. São um ponto de referência
comum em mergulhos perto do litoral.
Ondulações são sempre paralelas ao litoral, você
pode ir em direção oposta ao litoral nadando perpendicularmente
às ondulações na areia.
Plantas e animais. Plantas e animais aquáticos freqüentemente
encontram-se em locais específicos, oferecendo referencias que
você pode usar para navegação. Alguns vivem somente
em uma certa profundidade, alertando-o para águas mais rasas ou
profundas.
USANDO
CIRCUITOS SUBMARINOS
Quadrado
ou retângulo. São fáceis de visualizar e também
abrangem uma maior área que uma linha. Visto que curva de 90°
podem ser feitas facilmente com ou sem bússola, elas são
apropriadas para navegação natural ou com bússola.
Triângulos. Circuitos triangulares não são usados
com muita freqüência em navegação natural, sendo
mais comuns quando se usa uma bússola. Um circuito triangular abrange
uma maior área que uma linha reta e pode ser útil em áreas
onde um retângulo ou quadrado não sejam práticos.
Círculos. É quase impossível nadar precisamente em
um circulo usando navegação natural ou bússola. Por
esta razão, circuitos circulares são usados principalmente
para busca, com a ajuda de uma corda. Um mergulhador segura a corda enquanto
o outro gira em torno dele em um circuito de busca circular.
Percurso. Caso você fique desorientado, suba à tona lentamente
e com cuidado e confira a sua posição. Caso você se
tenha desviado do circuito, você pode nadar para interceptar e continuar
o seu circuito original, ou você pode desenvolver um novo plano
de navegação baseado na sua atual posição.
NAVEGAÇÃO COM BÚSSOLA
Componentes
da bússola. A primeira etapa na navegação submarina
com bússola apropriada para a tarefa a ser feita. A bússola
submersível ideal deve possuir todos os seguintes componentes:
Líquido. Uma bússola cheia de liquido suporta a pressão
e amortece o movimento da agulha, sendo assim mais fácil de ler.
Agulha de livre rotação. A agulha da bússola deveria
girar mesmo que a bússola não esteja perfeitamente nivelada
(o que ocorre com freqüência debaixo da água).
Graduações numéricas. Em vez de somente indicações
de norte, sul, leste e oeste.
Mostrador luminoso. Um mostrador fosforescente é útil durante
a noite e em baixa visibilidade.
Linha da fé. É uma linha passando pelo meio o mostrador
da bússola (ou em um lado) a fim de facilitar o seu alinhamento
com a linha imaginaria.
Carregando a bússola. A melhor bússola do mundo não
o ajudará a navegar se você não a carregar corretamente.
Bússola pode ser usada no pulso ou montadas no seu painel de instrumentos,
mas você deve assegurar-se de que a linha da fé está
alinhada com a linha central do seu corpo.
Nadando com a bússola. Caso a agulha da bússola saia das
linhas de índice, você está fora da rota, vire até
que a agulha retorne à sua posição correta entre
as linhas de índice e continue nadando. Com prática você
poderá nadar em uma linha bastante reta.
Fixando a bússola. A fixação da bússola é
baseada em dois pontos: primeiro, a agulha da bússola sempre indica
o norte e, segundo, a linha da fé sempre aponta na direção
para onde você quer ir. A coroa e linha de índice o ajudam
a manter o ângulo da linha da fé (rumo) relativo à
agulha (norte), fazendo assim com que você possa nadar em linha
reta.
Fixando um curso. Aponte a linha da fé para o rumo desejado e gire
a coroa até que as linhas de índice estejam fixadas sobre
a agulha da bússola. A medida em que você nada ao longo da
linha da fé, mantenha a agulha entre as linhas de índice.
Fixando um curso recíproco (retorno). Após nadar ao longo
de um determinado curso, você pode querer retorna seguindo um curso
reverso. Gire a coroa de maneira que as linhas de índice estejam
a 180° do curso original.
Navegando um circuito quadrado ou retangular. Para usar a sua bússola
a fim de navegar um circuito quadrado ou retangular, comece fixando um
curso e nadando a distância desejada ao longo deste curso (use as
suas técnicas de estimativa de distâncias para medir os lados
do quadrado ou retângulo). Gire a coroa 90° e vire para realinhar
a agulha com as linhas de índice. Nade a distancia desejada ao
longo deste novo curso e gire a coroa outros 90° na mesma direção
para a próxima curva. Repita o processo até que o circuito
seja completado.
Navegando um circuito triangular. Você usa a sua bússola
em um circuito triangular da mesma maneira que em um circuito quadrado
ou retangular, exceto que você girará a coroa 120° para
cada curva. (a bússola mede o lado de fora de uma curva, fazendo
assim com que as curvas de um circuito triangular sejam de 120° em
vez de 60°).
Sugestões úteis para o uso da bússola.
Confie na sua bússola. Algumas vezes parece que a sua bússola
está errada, mas provavelmente você é que está
desorientado, não a bússola.
Pratique em terra firme. A melhor maneira de você se familiarizar
com a sua bússola é praticar como usa-la em terra firme.
Use pontos de referência naturais. A combinação de
navegação natural com navegação com bússola
é o método mais eficaz de navegação submarina.
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